terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Rosa e o Seu Simbolismo



Todas as flores nos trazem uma sublime mensagem de pureza e de amor, mas nós, absorvidos na ânsia de experiência terrena, não lhes prestamos a devida atenção. E nada lucramos procedendo assim!

No Oriente há uma planta estranha, – que também existe em Portugal – que desenvolve poderosas raízes no lodo repugnante dos pântanos, mas eleva para o Sol as suas folhas e flores. É o nenúfar, ou lótus. Liga-se a esta planta uma importância transcendente, porque ela tem qualquer analogia com o ser humano, pois finca no lodo as suas raízes, em busca de sustento, e lança os seus pecíolos através da água em busca do ar e da luz fecundante do Sol.

Nós temos corpo um terreno, feito de um lodo vivo, alma que nos garante as viagens entre os estados espirituais e terrenos, e um ego, eu, ou espírito, a parte divina, eterna. Daí os orientais ligarem ao lótus tão grande importância, vendo nesta planta dos pântanos um simbolismo divino, Deus manifestado nos seus três aspectos: físico – lodo –, emocional ou de desejos – água –, mental – ar. É o triângulo Pai, Filho, Espírito Santo.

Para tornar o lótus mais estranho, a sua flor abre todos os dias ao “nascer” do Sol, para receber o seu longo beijo, e quando a Estrela do dia se aproxima do ocaso, cerra as suas pétalas e recolhe novamente ao seio da água, para na manhã seguinte emergir de novo e reabrir gloriosamente as suas branquíssimas pétalas, para que o Sol beije de novo a sua amarela corola, os seus órgãos geradores, instalados nela, dando-lhe em pleno a vida que há de fecundar as suas sementes. E esta estranha operação vai repetir-se durante vários dias, até que o mistério da fecundação se consume. Porém, quando as sementes estão fecundadas, a maravilhosa flor do lótus não volta ao seio das águas lodacentas do pântano, mas abandona-se a si mesma na superfície! As suas belas pétalas começam logo a murchar e vão apodrecer, enquanto no gineceu a vida acumulada nas sementes, se prepara para uma nova e triunfante reprodução ninfeácea.

Também o Homem vem para a Terra por vias impuras, para que evolua, seja cada vez mais perfeito como o seu Criador, que está nos Céus. Mas a sua falta de educação moral profunda, realista, sem fantasias hipócritas, não o deixa conhecer o sagrado dever da reprodução, que a mensagem das flores nos patenteia e ensina com o mais profundo realismo e pureza.

Por força da ignorância o elemento masculino olha o feminino como se fora um objecto de satisfação instintiva, viciosa, lodacenta, simbolizada pelo repugnante lodo em que o golfão branco estende as suas poderosas raízes em busca de alimento!

Ele desconhece o tesouro que ela tem na sua alma e por isso não sabe como encontrá-lo. E ela vem nas mesmas condições para, como o lótus, através do lodo fazer a sua busca da beleza que leva à Perfeição. Criada na mais profunda ignorância do que no ser humano há de mais puro e sagrado, ela consente em ser vitima dos lodacentos instintos sexuais masculinos e assim vai, do berço ao túmulo. Perde uma oportunidade maravilhosa de viver alegre e feliz no conhecimento perfeito do que em nós temos de divino.

Criador não nos deu órgãos reprodutores para nos perder, mas para nos permitir uma evolução mais fácil e harmoniosa. Porém, nós é que, ignorando a realidade nos desviamos do caminho do dever para o da transgressão. Por isso temos a inteira responsabilidade das nossas acções e havemos de lhes sofrer as consequências. Vivemos iludidos e somos constantemente surpreendidos pela dor e a amargura que, desfazendo as nossas ilusões, procuram despertar-nos para uma conduta correcta.

Temos órgãos para reproduzirmos a forma e ao usá-los sentirmos alegria sã, encorajante para esta série de lutas que se chama vida. Por isso é necessário conhecer o mistério do sexo, diluir a ignorância que nos leva por vias lodacentas como faz a ninfeia na sua luta pela existência, encaminhando as suas raízes fortes como são os nossos instintos vis, através do lodo pestilento, mas como ela buscando o ar e a luz puríssimos que nos fortalecerão com sabedoria.

Na medida em que o homem e a mulher buscarem um no outro o que lhes falta, saberão que, dentro dos seus corpos, feitos de lodo, há uma flor radiosa de perfume e beleza, como no lótus. Ambos, assim unidos pelo amor, poderão ser imensamente felizes, não voltarão a ser carrascos um do outro. Uma sociedade formada com tal cultura será finalmente perfeita, em corpo e alma.

Na medida em que o homem vir na mulher o que lhe falta para ser completo, ele não olhará mais a mulher como um artigo que se adquire pela escritura do casamento. Verá nela aquele ser que o recebe, que se lhe dá para o ter no seu próprio sangue e alma, e tudo fará para tê-la contente e satisfeita. E ela fará também os esforços necessários para se desviar do lodo das paixões e na maior pureza viver para o seu companheiro e ambos se voltarem para o Criador num movimento de límpida gratidão por os ter trazido para a Terra com tão excelentes meios de viver e de progredir na sua direcção divina.

O prazer puro nunca virá do que é torpe, sujo, grosseiro, mas do que é cristalino, para que dure e contribua para uma felicidade perfeita.

No Ocidente é a rosa quem nos fala do poder criador que vem de Deus e para Deus nos desperta, pois somos seus filhos e andamos na Terra em busca de graduação para experiência nos domínios do terreno. Só estaremos graduados como Deuses quando tivermos aprendido as lições que a Terra nos reserva.



O lodo em que o golfão vive fala-nos da queda do Homem, os Espíritos Virginais, sem experiência, inocentes, no pântano dos desejos que nos amarraram à Terra. A terra em que a roseira encaminha as suas raízes não tem o aspecto repugnante do lodo, nem o seu nauseante e doentio cheiro; e não se eleva na água estagnada mas no ar impregnado de oxigénio, o que alimenta o fogo. Todavia o seu corpo está eriçado de espinhos ameaçadores! Assim a roseira nos fala do Homem, dominado pelos instintos e levado por eles cria responsabilidades que não o deixam ser feliz, pois tem de esperar sempre pelo resultado das suas acções. E como a maior parte delas é má, porque feriram os outros, os seus frutos estão simbolizados nos espinhos da roseira, prontos para ferirem. Porém quando chega a altura de se reproduzir, a roseira dá-nos a sua flor, bela na forma, na cor e no perfume; e na sua corola mostra-nos como o acto da reprodução deve ser praticado com simplicidade e pureza, pois vemos como os estames elaboram o pólen, elemento fecundante masculino, e como os pistilos se erguem e aprontam para receber e conduzir ao gineceu o elemento fecundante. Tudo no meio de grande alegria e felicidade que emergem da beleza das formas, das suas cores e perfumes!

Por esta razão, inconscientemente, as rosas são levadas ao matrimónio dos seres humanos. E quando a cerimónia termina cobrem-se os noivos com pétalas de rosas, para lhes recordar a lição da roseira e do lótus, que após o acto reprodutor deixam murchar as suas pétalas, que caiem, para que toda a vitalidade se concentre nos órgãos genitais com o fim de produzirem a sua reprodução.

Mas todos gostam das flores e as usam no casamento, sem saberem ler a sua mensagem de ternura e amor imaculados!

A ignorância só enfraquece; a sabedoria fortifica, prepara-nos para a vida.

Falta aos seres humanos uma preparação para o casamento! Por isso a maioria esmagadora dos casais são infelizes, muitos adoecem e morrem, ou se desfazem, pois foram mal organizados.

Só deve falar do casamento quem sabe, pelo que estudou e pelo que viveu, para com maior segurança encaminhar outros.

São muitos os livros sobre a vida sexual, mas poucos os que são dignos de confiança, porque aos seus autores nem sempre a ciência e a moral lhes deram apoio, mas apenas a morbidez contagiosa e o desejo de dinheiro os moveram a produzir tais obras, que fazem maior mal que bem.

É necessário que as pessoas que falem do problema sexual não corem ao abordá-lo, pois se o sangue lhes aflora ao rosto é sinal inequívoco de que as suas consciências os acusam de mal usar o poder criador, e tais condições não são as necessárias a quem há-de falar do mistério do sexo.

A rosa fala-nos do desenvolvimento espiritual, e este sempre nos dá um coração puro e mente sã.

Os cristãos viram sempre na rosa o símbolo do amor, da virtude e da compaixão.

A rosa simboliza o estado de perfeição que o ser humano há-de alcançar quando tiver o seu próprio sangue liberto de todo o desejo impuro, for casto, análogo a Cristo.

Por este motivo a Rosa e a Cruz são o símbolo da mais elevada Iniciação.

Nos antigos mistérios do Egipto a rosa era consagrada a Isis, a Lua, que é a condutora dos processos de reprodução, tanto através do sexo como do intelecto, e por isso a rosa foi um emblema importantíssimo naqueles mistérios cheios de sabedoria, tanto sob o ponto de vista místico-hermético, como na tradição Rosacruz.




Francisco Marques Rodrigues
16 de Outubro de 1973

domingo, 20 de março de 2011

domingo, 31 de outubro de 2010

As 4 Estaçoes




O Outono e azafama de uma terna corrida cheia de sabores.

O Inverno e o descanso de toda uma vida de encanto e lavores.

A Primavera e o começo e a vida em todo o seu esplendor.

O Verão e Alegria, Amor e Calor.
Não temam o futuro nem sintam nostalgia pelo o passado.




Não tenhas outro desejo a não ser o da Natureza.
Outro plano a não ser o de Deus.
Outro Amor a não ser o Amor pela Humanidade.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eu no Tempo





PORQUE NAÕ ME PERGUNTARAM PERGUNTO EU
QUEM ME ENVIOU? PORQUE MANDARAM QUE EU NASCESSE? QUAL O PROPÓSITO PARA MIM?
NASCÊMOS SEM INSTRUÇÕES SEM MARCA REGISTADA SEM PRAZO DE VALIDADE.
E NEM SEQUER ME LEMBRO DE QUEM ME ORDENOU PARA QUE NASCESSE. E ASSIM FOI, NASCI DENTRO DO TEMPO DO PLANETA.
E AÍ SIM COMEÇA O TEMPO, SÓ TENHO UM TEMPO PARA COMEÇAR A VIVER RESPIRANDO. POIS É TUDO UMA QUESTÃO DE TEMPO, ATÉ QUE ME CHAMEM PARA IR EMBORA. MAS PARA ONDE É QUE VOU? E PORQUE ME MANDAM IR QUANDO CHEGAR O TEMPO? MAS QUEM É QUE ME CHAMOU? SÓ NO TEMPO É QUE DICIDEM TUDO, E A MIM SERÁ QUE ME PERGUNTARAM OU DECIDIRAM? QUE NO TEMPO EU TINHA QUE NASCER E NO TEMPO SEM QUE NADA ME PERGUNTEM, EU VOU VIAJAR MAS PARA ISSO NO TEMPO TEREI QUE AGUARDAR…. MAS POR AMOR TE PEÇO GUARDIÂO DO TEMPO AQUI ESTOU EU, VOCÊ ME ENVI UM ANJO E AQUI FICO ÁGUARDAR NA TERRA DA ESTRELA DA MANHÃ. BELFAT

quarta-feira, 14 de abril de 2010